Julho Verde: campanha reforça a conscientização e prevenção do câncer de cabeça e pescoço

Após a avaliação médica, a cirurgia é um dos métodos eficazes no tratamento do câncer envolvendo a região de cabeça e pescoço

O mês de julho marca a chegada de importantes campanhas voltadas para a saúde. Uma delas é o Julho Verde, campanha nacional de prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Para se ter ideia, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o triênio 2023/2025 o surgimento de cerca de 40 mil casos novos desses tipos de doença, por ano, no país. A campanha é promovida pela Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil).

No Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), no bairro Messejana, semanalmente são realizadas cirurgias de cabeça e pescoço, sendo a mais comum a cirurgia de tireoide. O médico cirurgião Francisco Bomfim explica que os tumores de cabeça e pescoço são aqueles que surgem na região da cavidade oral, como garganta, faringe, laringe, tumores de glândulas salivares, de pele e também de tireoide.

O médico cirurgião Francisco Bomfim é responsável por realizar diversas cirurgias de cabeça e pescoço no HGWA

“O objetivo da conscientização e prevenção é dar um entendimento de que o câncer tem fatores de risco que são possíveis de serem evitados e que as pessoas que venham a aparecer com essas doenças busquem os serviços de saúde o quanto antes para que os tratamentos sejam os mais efetivos e potencialmente curativos para esses pacientes”, detalha.

A agricultora Karidia Costa (30) passou por uma cirurgia de tireoidectomia parcial em maio deste ano. Ela estava com um nódulo na garganta que foi retirado com sucesso. “Incomodava bastante, eu tinha dificuldades para engolir e comer. Graças a Deus fui diagnosticada precocemente e ocorreu tudo bem”, afirma a paciente, que passou pelo HGWA.

Francisco Bomfim alerta para a importância do diagnóstico precoce, buscando sempre ajuda médica. Ele pontua que a mortalidade é dividida entre grupos de pacientes. Aqueles que têm gravidade da doença entre 1 e 2 têm uma sobrevida de mais de 90%. Entre os sinais, a rouquidão persistente por mais de quinze dias pode ser um alerta para buscar ajuda.

“O diagnóstico precoce é o principal fator para os pacientes que têm câncer desse tipo. Um paciente que apresente uma úlcera na boca, um nódulo cervical, uma dificuldade para engolir, rouquidão persistente, tudo que dure por mais de duas semanas, o ideal é que ele procure um serviço de saúde o quanto antes. Não precisa, necessariamente, ser um médico cirurgião de cabeça e pescoço. Pode ser um clínico, um otorrinolaringologista, um odontólogo, um enfermeiro ou agente de saúde que consiga avaliar a situação desse paciente e encaminhar para o local que será feito o tratamento adequado”, orienta.

O câncer de boca é a quinta neoplasia mais frequente no homem no Brasil e o câncer de tireoide é a quinta entre as mulheres. Já os cânceres de laringe, somados com os de boca, registram mais de 20 mil casos por ano. “As campanhas devem ser feitas o ano inteiro, mas elas trazem um novo olhar, uma nova percepção. Uma vez que você delimita um período de tempo para falar de uma doença, como no Julho Verde, podemos unir uma grande quantidade de profissionais para falar sobre o assunto e trazer informação e mais cuidado para a população”, conclui Bomfim.

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão