MS alerta sobre cuidados com a saúde durante a seca

Os estados do Centro-Oeste já estão vivendo o período de seca, época caracterizada pela baixa umidade do ar, com duração prevista até final de setembro. Neste período é comum a ocorrência de doenças respiratórias, como rinite alérgica e asma, além do aumento na incidência de viroses e problemas na pele, nos olhos e sangramento no nariz. Alguns cuidados, no entanto, podem ser tomados para prevenir o surgimento destes problemas. O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica que as doenças respiratórias são as mais preocupantes, principalmente entre crianças e idosos.

“São grupos mais frágeis que, ao serem afetados por algum problema, apresentam chance maior de complicação”, observa ele. Na sua avaliação, é importante que as crianças e os idosos, principalmente os que são dependentes de outros, sejam mantidos hidratados. “Ao menor sinal de mal-estar, devem ser levados ao serviço de saúde”, aconselha o diretor, que também é médico

Hidratação – Para enfrentar a intensidade da seca, ele recomenda a hidratação. “A pessoa deve se hidratar bem, com água ou com qualquer outra bebida não alcoólica, contendo água. Eventualmente, se os sintomas incomodarem muito, é bom usar soro fisiológico, com água e um pouco de sal, para gotejamento no nariz”, recomenda.

Segundo o diretor, os olhos e a pele também necessitam de cuidados especiais. “Quem tem a pele ressecada, por exemplo, percebe que ela piora. Nada que o uso de uma loção, ou de um hidratante, não minimize. Algumas pessoas têm mais sensibilidade na região dos olhos, com a ocorrência de irritações, porém não é necessária nenhuma medida especial”, complementa.

O sangramento nasal é outro complicador comum durante a seca. Cláudio Maierovitch, entretanto, tranquiliza os que apresentam esses sintomas. “A primeira medida a ser tomada é sempre conter o sangramento, pressionando a narina do lado que está sangrando por alguns minutos, esperando que pare espontaneamente”, explica.

Se o sangramento for mais agudo, o conselho é usar um tampão nasal, que pode ser feito com um algodão, papel higiênico macio ou lenço de papel. “Caso o sangramento não pare, é necessário recorrer ao serviço de saúde para que seja feito um tapamento mais eficaz. É importante, ainda, é saber se a pessoa é hipertensa e se não está fazendo uso de medicamento”, assegura o médico.

Alerta – Em algumas situações muito críticas, a umidade pode ser tão baixa que justifique a suspensão de atividades que exijam maior esforço físico. “São situações que deixam as pessoas expostas a uma sobrecarga, o que acaba aguçando os sintomas e o mal-estar”, observa o diretor. Por isso, os atletas também devem respeitar os horários e evitar atividades físicas externas no período de maior exposição ao sol e, consequentemente ,de umidade mais baixa.

“Assim, como no caso da iluminação solar – que é mais intensa no meio do dia, entre 10h e 16h – o ar costuma ficar mais seco, tornando este período do dia inadequado para a prática de exercícios físicos”, completa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como situação de alerta quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%.

Fonte: Marcos Moura / Agência Saúde

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