No Dia Nacional do Controle da Asma, SES-TO alerta sobre cuidados

A doença não tem cura, mas há como controlá-la e até prevenir que as crises aconteçam
A asma não tem cura mas pode ser controlada com ações simples e uso de medicamentos.
Dia 21 de junho é lembrado como o Dia Nacional do Controle da Asma, data importante para conscientizar sobre uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns no Brasil, com impacto na vida de pessoas de todas as idades.  No Tocantins, a Secretaria de Saúde do Estado (SES-TO) alerta a população sobre a importância do controle da asma e oferece informações sobre os serviços de saúde disponíveis para tratamento e acompanhamento.

Asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica em que ocorre o estreitamento dos brônquios (canais que levam ar aos pulmões), dificultando a passagem do ar e provocando contrações ou broncoespasmos. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco.

Os principais sinais da doença pulmonar são: dificuldade de respirar; chiado e aperto no peito e respiração curta e rápida. Eles podem piorar durante a noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, mas também são afetados por fatores externos como exposição a substâncias que causam alergia, poluição ambiental, infecções virais e a mudanças climáticas.

O pneumologista do Hospital Geral de Palmas (HGP), Jesian Aguiar explica sobre a doença. “No HGP, por exemplo, esses pacientes podem estar internados por outro motivo e desencadear asma ou em outros casos dão entrada no hospital em crise e em alguns casos são necessários ser internados. Palmas hoje tem aproximadamente 330 mil habitantes, 10% dessa população provavelmente tem asma, ou seja, nós temos 33 mil casos de asmáticos em Palmas, porém, poucos fazem acompanhamento contínuo e acabam vindo para os prontos socorros e UPAS em crise”.

O especialista acrescenta que, “as causas ainda são estudadas, mas há uma associação entre fatores genéticos e condições do ambiente em que o indivíduo vive. Isso quer dizer que há mais chance de a pessoa desenvolver a doença quando existem pessoas da família que também tenham e quando há uma exposição frequente aos alergenos”.

Tratamento

Na maioria dos casos, o controle é feito a partir do uso de medicamentos corticoides inalatórios e broncodilatadores, além da mudança de estilo de vida e observação desse ambiente, mantendo-o sempre limpo. O tratamento bem realizado garante maior qualidade de vida ao paciente, que reduzirá as chances de desenvolver as crises.

A asma não tem cura, mas há como controlá-la e até prevenir que as crises aconteçam com algumas medidas simples:

·         Mantenha o ambiente limpo, principalmente o quarto onde você dorme;

·         Evite tapetes, carpetes e cortinas;

·         Deixe os animais domésticos na área de serviço;

·         Use cobertores, colchões e fronhas com materiais antialérgicos e encape-os com plásticos;

·         Faça uso de umidificadores de ar.

·         Ensaque os casacos e as roupas cujos tecidos acumulam ácaros. Antes de usá-los, tire-os do saco plástico na área de serviço, lave-os e só depois vista;

·         Beba muita água;

·         Aprenda a reconhecer seus gatilhos e evite-os. Entre os mais comuns estão pólen, poeira e pêlos de animais.

Assistência

Na Assistência Farmacêutica Estadual possuí fármacos disponíveis para dispensação aos pacientes, que também possuem assistência da rede municipal de saúde de acordo com o elenco de medicamentos disponíveis, levando como base os medicamentos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME.

A prevalência de sintomas de asma entre adolescentes no Brasil está entre as mais altas do mundo. Para atender a esse público, recentemente, o uso do medicamento mepolizumabe 100mg/mL – que até então era utilizado apenas por adultos – foi ampliado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes com asma eosinofílica grave refratária, com idade entre 6 e 17 anos.
por Ellayne Czuryto/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Aldenes Lima / Governo do Tocantins