Oficina debate Segurança do paciente e qualidade nos serviços de saúde

 

Teve início na segunda-feira (28), na sede do Conass, em Brasília, a Oficina de Estruturação do Plano Global de Segurança do Paciente. Promovida pelo Ministério da Saúde, a oficina foi realizada ao longo de dois dias, se estendendo até terça-feira (29), e contou com a participação de cerca de 60 pessoas, de 25 estados integrantes da Câmara Técnica do Conass de Qualidade no Cuidado e Segurança do Paciente (CTQCSP).

A CTQCSP desempenha um importante papel na construção de consensos técnicos e na integração das equipes das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e do Distrito Federal.

A oficina teve como objetivo apoiar a organização dos estados para o Plano Global de Segurança do Paciente 2021-2030. Esse plano busca atingir o máximo possível de redução de danos evitáveis devido a cuidados de saúde inseguros. Sua missão é impulsionar políticas, estratégias e ações, baseadas na ciência, experiência do paciente, desenvolvimento de sistema e parcerias, para eliminar todas as fontes de risco evitável e dano aos pacientes e trabalhadores da saúde.

 

Planos de Ação

Para Carla Ulhoa, assessora técnica do Conass e responsável pela Câmara Técnica Qualidade no Cuidado e Segurança do Paciente, a oficina do Plano Global, que foi realizada pelo Ministério da Saúde, na sede do Conass, permitiu que os participantes discutissem a segurança do paciente em um contexto do que poderá ser implementado nos próximos 10 anos.

A assessora técnica explicou que uma das atividades da oficina foi a apresentação de um painel de dados, desenvolvido pelo Conass. Esse painel, segundo ela, é o resultado de um questionário de avaliação situacional dos Núcleos Estaduais de Segurança do Paciente.

“Com base nas respostas desse questionário, o Conass pretende desenvolver oficinas locais com os estados, a fim de que possamos  apoiar e implementar ações, de acordo com os objetivos estratégicos do Plano Global”, anunciou.

 

 

Integração

A assessora técnica do Conass ressaltou que há uma necessidade de integração, tanto da gestão, quanto das áreas das SES, em prol da segurança do paciente. Baseada nessa premissa, explicou, as respostas do questionário serão associadas às estratégias do plano local de segurança do paciente, desenvolvidas pelos estados.

“Dessa forma, em 2023, pretendemos ir aos estados realizar oficinas com as áreas que se debruçam sobre a segurança do paciente, para implementarmos as ações do Plano Global no Brasil”, informou.

Para Fernanda Hamze, coordenadora da Atenção Hospitalar e Internação Domiciliar do Ministério da Saúde, é prioridade que as ações do Plano de Ação Global sejam desenvolvidas em cada estado e a cultura da segurança do paciente seja disseminada desde as SES, até os estabelecimentos de saúde que prestam serviços aos usuários do SUS.

Para Claudia Mello, subsecretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, a oficina é uma oportunidade para promover a integração das SES em torno de um tema que representa um desafio global de saúde pública.    

 

 

Agenda da Segurança do Paciente                                                                                                   

O Encerramento da oficina contou com a participação do presidente do Conass, Nésio Fernandes, que ressaltou a necessidade de a agenda da segurança do paciente ser um tema prioritário da  gestão. Segundo Fernandes, este é o melhor momento para pautar o tema para os novos gestores que estão chegando.

“Temos o compromisso de apresentar o tema segurança do paciente aos gestores, no início do próximo governo. Podemos fazer isso por meio da Assembleia do Conass e dar a devida visibilidade àqueles que estão se destacando nos estados e trazer esse tema para a alta gestão dos estados e municípios”, defendeu.

 

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