Representantes das secretarias estaduais participam da reunião conjunta de Epidemiologia e Vigilância em Saúde Ambiental

Profissionais das Secretarias Estaduais de Saúde participaram nos dias 03 e 04, da reunião conjunta das Câmaras Técnicas do Conass de Epidemiologia e Vigilância em Saúde Ambiental, para debater a influenza aviária, arboviroses, organização e planejamento das ações de controle de doenças transmissíveis no âmbito do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (DEDT/MS) e emergências em Saúde Pública.

“Os temas desse encontro fazem parte do nosso dia a dia. Por isso, devemos nos aprofundar nesses assuntos, para assim, traçarmos estratégias para o sistema de saúde”, disse Fernando Cupertino, coordenador técnico e assessor para Relações Internacionais do Conass.

Para Fernando Avendanho, assessor técnico do Conselho e coordenador da Câmara Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental, a interação dos técnicos dos estados em torno desses temas favorecem o desenvolvimento das políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS). “O papel das esferas tripartite do SUS é dialogar para tomar decisões que possibilitem  uma melhor organização dos trabalhos”, disse.

Nereu Mansano, assessor técnico do Conass e coordenador da Câmara Técnica de Vigilância em Saúde, destacou a importância do trabalho tripartite em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). “Durante a pandemia, no momento mais difícil do País, ficou evidente a relevância e o papel da Opas para as tomadas de decisões e formulação das estratégias para a saúde do Brasil”, falou.

Influenza aviária

O coordenador de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres (PHE), da Opas/OMS no Brasil, Alexander Rosewel, enalteceu a reunião e chamou a atenção para a necessidade de que o País faça uma avaliação maior quando se trata de doenças aviárias e fortaleça os fluxos conjuntos de informação e avaliação de riscos para facilitar a tomada de decisões. “É preciso estabelecer um guia de vigilância com definições de casos, os contatos, populações de maior risco, para que assim, possamos identificar e compartilhar informação de forma oportuna dos casos em animais para facilitar o rastreamento e seguimento das pessoas expostas”, enfatizou.

Arbovirose e a organização e planejamento das ações de controle de doenças transmissíveis no âmbito do Departamento de Doenças Transmissíveis.

Durante o debate sobre arbovirose, Daniel Garkauskas, coordenador substituto de Vigilância de Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (CGARB/SVSA/MS), apresentou o cenário no Brasil e como o ministério tem atuado nas epidemias nos estados e nos  municípios. “Estamos trabalhando com novas tecnologias de forma tripartite e baseados nas experiências anteriores, na elaboração e implementação de plano de ação para evitar a ocorrência de novas epidemias”, destacou.

Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (DEDT/MS), falou sobre as inovações que o ministério está fazendo em relação ao controle vetorial. “Atualmente nós temos um comitê para eliminação da tuberculose e outras doenças. Nosso objetivo é que elas não sejam mais um problema de saúde pública”, enfatizou.

Programa Nacional de Imunizações (PNI)

Presente na reunião, o diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis (Didi/MS), Eder Gatti, falou da situação das coberturas vacinais no Brasil, sobre a dengue, citou medidas em andamento no Didi e mencionou o estreitamento de relações com atores importantes para as políticas de saúde, como Conasems e Conass.  “Não poderia perder a oportunidade de estar nessa reunião com todos os estados, porque sem eles não conseguimos fazer o trabalho de vigilância. Além disso, queremos nos adequar às realidades estaduais e continuar tomando as decisões em conjunto”, disse.

Outras pautas discutidas durante os dois dias de reunião foram: sarampo; Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e outras Doenças Determinadas Socialmente; Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); emergências em saúde pública; soro, imunoglobulina e vacina antirrábica humana: situação de abastecimento.

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