Rondônia avança no Projeto da Planificação da Atenção à Saúde e Governança Regionalizada e Integrada das Redes Temáticas Materno Infantil e Urgência e Emergência do SUS

Apresentação faz parte da iniciativa Diálogos Conass, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que visa ampliar a discussão técnica e melhorar a integração das esferas do SUS e estratégias conjuntas para principais problemas de saúde do país

 

As ações de implementação e aprimoramento da Planificação da Atenção à Saúde, com a integração das Redes Temáticas Materno Infantil e Urgência e Emergência do SUS em Rondônia, foram apresentadas na manhã desta quarta-feira (14), durante reunião da assessoria técnica do Conass. O processo é norteado pelos projetos Planificação da Atenção à Saúde, Planejamento Regional Integrado e Governança Regionalizada e Integrada, do Programa de Apoio às Secretarias Estaduais de Saúde (Pases), do Conass.

A representante da SES/RO, Patrícia Nienow, destacou que o diálogo entre as equipes da secretaria e a realização de oficinas mensais com os profissionais está sendo primordial para o compartilhamento de anseios e aflições da equipe, melhorando a atuação institucional e a sinergia necessárias para o sucesso do projeto.

Um dos maiores desafios é alinhar a construção do Planejamento Regional Integrado (PRI), com a Planificação da Atenção à Saúde. Segundo Marta Duarte, desde 2018 foram constituídos os grupos técnico interfederativo e regional; pactuados os cronogramas na CIB (Comissão Intergestores Bipartite) e CIR (Comissão Intergestores Regional); além da elaboração de instrumento de diagnóstico das RAS (Redes de Atenção à Saúde); capacitação para facilitadores por região de saúde como o apoio do Conass; e elaboração de planilhas e programação assistencial das RAS. “Começamos um movimento envolvendo as regionais de saúde e, em 2020, com a pandemia tivemos uma estagnação desse processo. Com a publicação da Portaria GM n. 1.812 de 2020, que traz incentivo financeiro para os estados, retomamos a reorganização dos grupos de trabalho para construção e fortalecimento do PRI”, explica.

As representantes da SES/RO relataram ainda o trabalho desenvolvido junto às Unidades Perinatais Hospitalares e a perspectiva de agregar atores que até então não estavam integrados à essa construção. “A reaproximação do grupo da área Materno Infantil e da Regionalização, com profissionais da ponta que atuam com gestantes de alto e de baixo risco, assim como os profissionais da APS (Atenção Primária à Saúde) e Unidades Laboratórios tem como objetivo alinhar ambos os projetos para a construção de um sistema de governança”.

Como produto principal do projeto, a SES tem como meta ter um Plano Regional de Saúde integrado das duas Macrorregiões nas duas redes temáticas prioritárias – Rede de Urgência e Emergência e Rede Materno Infantil ao final de 2022, a fim de construir e fortalecer a governança do SUS em Rondônia a partir da formação do Comitê Executivo de Governança por Rede Temática (ACESSE AQUI A APRESENTAÇÃO DA SES/RO)

Marco Antônio Matos, consultor do Conass, pontuou o cenário desafiador com a pandemia de Covid-19 e outros desafios como a extensão territorial do estado e dificuldades de acesso, em especial na Rede Materno Infantil, cuja maternidade de alto risco está localizada na capital, Porto Velho. “Os movimentos desse processo dão continuidade à Rede Cegonha, gerando um novo ciclo de melhorias, como a ferramenta de programação que dimensiona necessidades de saúde de gestantes e recém-nascidos, assim como a capacidade operacional dos hospitais”, pontuou. Segundo Matos, foram mapeados mais de 20 hospitais que hoje fazem 95% dos partos do estado e esse balanço atualizado das duas macrorregiões e de todo o estado é uma ferramenta imprescindível para p PRI.

O consultor citou os eixos mais importantes do processo, como o contato direto com os hospitais que irão focar seu trabalho na organização e avaliação de processos no percurso perinatal hospitalar – desde a entrada da gestante até a saída da mãe com a criança. “O diagnóstico foi um ponto de partida para conformidades e aprimoramento de processos, além de preparar os hospitais para a tutoria com foco na organização de processos mais críticos”.

A Covid-19 impôs a inclusão de outro eixo voltado para o manejo clínico, para apoiar os hospitais, oportunizando a organização dos fluxos de cuidado das gestantes. “O estado e os municípios precisam fazer investimentos diversos e é necessária uma nova maternidade de alto risco que já está no horizonte do trabalho. Ainda no que concerne à Atenção Especializada, é promissora a intenção do estado de implementar ambulatórios de alto risco em todas as regiões, estudando o devido financiamento para estes”. E finalizou destacando o trabalho exemplar da equipe da SES, “bem alinhada, com intenção clara e bem pactuada que favorece muito o trabalho da rede”.

O coordenador técnico do Conass, Fernando Cupertino, disse que a apresentação do projeto evidencia que se trata de uma estratégia necessária, útil e frutífera que o Conass tem construído graças à atuação das SES nos últimos anos.

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