Roraima – Oficina qualifica investigação de óbito materno-infantil

O Treinamento acontece até sexta-feira, 25, no auditório do DSEY Yanomami

Em busca de melhorar e ampliar atenção à saúde materno-infantil nas comunidades indígenas, a Secretaria de Estado da Saúde participa da primeira oficina para fortalecimento da vigilância do óbito. Os profissionais de saúde, convocados pelos próprios Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Yanomami e Leste), debatem até sexta-feira (25) em torno do assunto, no auditório do DSEY Yanomami, o dia inteiro.

O evento conta com a parceria da Vigilância em Saúde, Sistema de Informação, e os Núcleos da Saúde da Mulher e Criança. A Secretaria Estadual de Saúde está participando com técnicos e gerentes de várias coordenações como ouvintes.
Um dos focos é contribuir na qualificação das equipes de saúde na vigilância do óbito, a criação de estratégias para o fortalecimento nos DSEIs, além de proporcionar trocas de experiências. Representantes do Ministério da Saúde estão ministrando as palestras.
No primeiro dia, 23, os participantes deram enfoque a vigilância para redução da mortalidade, marcos regulatórios, indicadores, metas, fluxo das investigações, atuação do grupo técnico. Foi visto também a situação atual de cada polo base quanto a óbitos, causas, investigação, especificidades, dificuldades e avanços.

Hoje, dia 24, segundo dia de evento, as discussões giram em torno do correto preenchimento de dados contidos na Declaração de Óbito (DO) e Declaração de Nascidos Vivos (DNV). Como também a apresentação dos principais erros no preenchimento.
Amanhã, 25, o dia encerra com a discussão a respeito da implantação da investigação, fluxo e envio das informações dos óbitos. Já o último dia de oficina, 25, será reservado para elaboração do plano de trabalho com os profissionais.

HISTÓRICO

Recentemente o Ministério da Saúde divulgou o Estado de Roraima como o primeiro colocado em investigações oportunas de óbitos em Mulheres em Idade Fértil (MIF) em 2012, no caso as grávidas ou puérperas. A investigação se trata da averiguação se a causa da morte de mulheres entre 10 e 49 anos está vinculada a parto. Esta investigação é realizada por uma equipe designada pela Vigilância em Óbito e deve ocorrer em até 120 dias após a morte.

A investigação é feita por um grupo de médico, enfermeiro, técnico de sistema de informação e técnico de atenção básica. A equipe investiga se a causa do óbito está relacionada a parto. Caso esteja relacionado, os profissionais da equipe de investigação analisam o ambiente de moradia, o tempo de atendimento e tratamento que ela (mulher) recebeu até o óbito, para saber se a morte era ou não evitável.

Os dados constarão no resultado, e no casos de mortes que seriam evitáveis, são enviadas recomendações com as falhas para as áreas responsáveis para que a políticas públicas sejam aprimoradas e as falhas supridas. Após o término da investigação, a equipe de vigilância de óbitos deve fazer o resumo do caso e promover reunião do grupo técnico de vigilância do óbito, para análise ampla e detalhada de cada caso, conclusão sobre a evitabilidade do óbito e definição de medidas para evitar novos óbitos.

Fotos: Divulgação

Celton Ramos/Sesau
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