Saúde prisional: SES-PE qualifica profissionais sobre pré-natal

Profissionais de saúde que atuam na promoção da saúde das pessoas privadas de liberdade em Pernambuco estiveram reunidos na terça-feira (16/05) para participar do Curso de Qualificação de Atenção ao Pré-Natal da Mulher Privada de Liberdade. Entre os temas abordados, a atualização dos profissionais para identificar sinais de alerta dessas pacientes durante o período gestacional, garantir a realização da rotina de exames e atendimentos durante os estágios da gestação e promover o bem estar da gestante em privação de liberdade.

Responsáveis por promover a atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade, as Equipes de Atenção Primária Prisional (eAPP) realizam o acolhimento dos pacientes, realizam consultas de enfermagem, médicas e saúde bucal, administram o uso de medicamentos, vacinas, etc.

“A mulher privada de liberdade ela já tem todo um componente psicossocial a parte que deixa ela mais vulnerável. As áreas de saúde da mulher e saúde prisional destacam a necessidade de sempre realizar momentos de qualificação do profissional que atua dentro de uma unidade prisional. No contexto da assistência à gestante, devemos estar atentos aos diversos sinais de alerta, tanto na rotina de pré-natal básica – quais exames são necessários, qual a periodicidade de se realizar o pré-natal -, assim como para que eles reconheçam precocemente qualquer sinal de alerta para complicações. A ideia é qualificar esses profissionais para que atendam essas mulheres em tempo oportuno”, explica a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da SES-PE, Cleonúsia Vasconcelos.

Para o diretor geral de assistência prisional da SES-PE, Bruno Ishigami, o crescimento da população carcerária feminina nas últimas décadas preocupa e exige um olhar diferenciado para os fatores que envolvem a saúde desta população, que além do adoecimento mental demanda por serviço de saúde especializado.

“As equipes de saúde e educação são umas das equipes mais preocupadas com o bem estar dessas mulheres e quando falamos em gestação, esse contexto se torna ainda mais grave. A gente sabe todos os desafios de uma gestação, um período de nove meses que precisa de uma alimentação adequada, um ambiente adequado. É uma situação estressante e quando você imagina que essas mulheres estão nesse processo de gestação, privadas de liberdades, em unidades prisionais lotadas, sem estar em um espaço adequado, tudo isso compõem uma série de fatores extensores no qual precisamos garantir uma assistência adequada e conscientizar a equipe a cerca do tema e garantir uma assistência mais humanizada a essas mulheres”, reforçou o diretor geral.

Fonte: SES/PE