Após reunião com a ministra da Saúde, Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais afirmou também que cirurgias eletivas também vão receber apoio da gestão de Nisia Trindade
Ainda segundo Bacheretti, o Governo Federal vai arcar com o compromisso de enviar recursos para acelerar a realização de cirurgias eletivas. Em relação às ações futuras, a ministra disse aos secretários que o tema da saúde será o carro chefe da reunião entre o presidente Lula (PT) e os governadores, no dia 27 deste mês. Segundo Bacheretti, que também é vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, a relação com o Governo Federal começa muito bem, e depois de alguns anos significa a retomada do diálogo na área da saúde.
“Foi uma reunião institucional, a ministra Nisia fazia parte da transição, e tivemos a primeira reunião ela com ainda em dezembro. Agora, oficialmente como ministra, apresentamos os pleitos dos secretários estaduais de saúde e também municipais de saúde do que a gente considera emergencial e também aquilo dos primeiros 100 dias. Foi uma reunião institucional importante de aproximação, e o Ministério com a postura muito mais interessante, ouvindo estados e municípios nas pactuações das políticas que virão a partir de agora”, pontuou.
A partir de agora, conforme Bacheretti, antigas deliberações da pasta que não tinham sido pactuadas serão revogadas, e cita um exemplo vinculado à cardiologia, “que tira R$ 70 milhões por ano de Minas Gerais”. Ele reforçou, ainda, que a relação com os secretários estaduais “começa boa, com o pé direito”.
Perguntado sobre a sequência da vacinação contra a Covid-19 no país, Bacheretti esclareceu que haverá campanha anual de imunização a partir de 2023. Para receber esse imunizante, entretanto, é preciso estar com o calendário de vacinação contra o coronavírus completo, conforme convocação por idade.
“Eu pedi pra que a gente adiante essa vacinação, especialmente do grupo vulnerável, como idosos, antes da sazonalidade que começa em fevereiro e março. E ela ouviu isso muito atentamente, ela foi ex-presidente da Fiocruz e conhece bem essa realidade de vacinação, e a gente deve ter aí nas próximas semanas a definição de já vacinar o reforço em fevereiro ou março”, completou. Também pensando na sazonalidade, já foi feito o pedido de compra de novas doses da vacina pediátrica, segundo o secretário.
“Ainda é novo esse reforço anual, iremos ter estudos que vão dizer isso. Mas é importante a população entender que aquela história de perder a imunidade com o tempo faz menos sentido agora. Isso porque, além da vacinação, temos uma população que se expôs muito ao vírus. Muita gente pegou. Então, essa imunidade aumenta. Saberemos como vai se comportar, mas a expectativa é que uma dose anual pra maior parte da população seja necessária. Se tiver um público específico, como imunossuprimidos ou idosos com uma segunda dose necessária, isso será dito no decorrer do ano”, explicou.
Reforço para cirurgias eletivas em Minas Gerais
As cirurgias eletivas também foram tema do encontro com a ministra Trindade, segundo o secretário Bacheretti. Ele lembrou a criação do Opera Mais, ainda em 2021, que “surgiu grande efeito”. “Batemos um recorde histórico em 2022, fizemos mais de 20% do nosso melhor ano antes da pandemia, mas a fila ainda é grande”.
O secretário mineiro disse ter pedido cerca de R$ 3 bilhões para manter o trabalho de cirurgias eletivas no Estado. A ideia seria somar recursos federais e estaduais para zerar a espera.
Em 2022, o investimento em Minas foi de mais de R$ 200 milhões, segundo Bacheretti, e a expectativa é de repasse proporcional de R$ 300 milhões para este ano. A data de chegada do repasse ainda será definida dentro de estratégias do Ministério da Saúde, o que deve acontecer ainda em janeiro.
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Por Edilene LopesLucas Sanches/ Itatiaia