Técnicos do Nível Central e dos Centros Regionais de Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), participam até esta terça-feira (6) da 10ª oficina de Planificação da Atenção Primária em Saúde (APS), projeto conduzido pela secretaria, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), com apoio do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
Apoiado pelo Ministério da Saúde, o projeto é composto por dez oficinas de planificação da APS, abordando os seguintes temas: Redes de Atenção à Saúde, Atenção Primária à Saúde no Estado, Territorialização, Organização dos Processos de Trabalho em Saúde, Organização da Atenção à Saúde na Unidade Básica de Saúde, Abordagem Familiar e Prontuário Familiar, Assistência Farmacêutica, Sistemas de Informação em Saúde, Sistemas de Apoio Diagnóstico, Sistemas Logísticos e Monitoramento, e Contratualização das Equipes da APS.
O objetivo das oficinas é fazer um diagnóstico da atenção primária em cada região do Estado e elaborar propostas e estratégias, para que a APS cumpra seu papel no Sistema Único de Saúde (SUS). Com o tema Sistemas de Informação em Saúde e Análise de Situação de Saúde, a 10ª oficina é ministrada pelos consultores do Conass.
Segundo o assessor técnico do Conass, responsável pelo Núcleo de Informação e Informática, Nereu Henrique Mansano, as oficinas buscam trabalhar principalmente a importância de se alimentar e utilizar de forma adequada os diversos sistemas de informação em saúde, além de fazer uma análise da situação da saúde, para adotar estratégias com base em evidência.
Nereu Henrique Mansano disse que o Pará está avançado na elaboração de estratégias para o fortalecimento da Atenção Primária. Ele lembrou do curso ofertado pelo Campus VI, da Universidade Estadual do Pará (Uepa), de Paragominas, em parceria com a Sespa, com o objetivo de formar gestores de saúde e organizar a Rede da Atenção Primária à Saúde da Região Metropolitana III, que abrange 22 municípios. “A Sespa colocou a atenção primária com uma das prioridades na gestão. Isso prova que a Secretaria está incorporando a ideia de forma inovadora”, reforçou Mansano.
A assessora técnica do Conass, do Núcleo de Atenção Primária e Redes de Atenção, Zélia Lins, elogiou o trabalho da equipe que participa das ações de planificação no Estado. “A equipe é muito participativa. Eles demonstram interesse na busca maciça pela melhoria da atenção primária no Pará. Isso é fundamental, pois eles serão multiplicadores, que vão adaptar a metodologia do Conass à realidade de cada município”, afirmou.
Segundo a diretora de Atenção Primária da Sespa, Jane Neves, este é um compromisso assumido pela gestão estadual, que vem preparando alguns técnicos do Nível Central e Regionais de Saúde para qualificar a gestão municipal da atenção primária no Estado. “A região de saúde do Araguaia realizou a segunda oficina e a região de saúde do Xingu, já fez a primeira. Agora estamos aguardando a decisão da Comissão Intergestora Regional (CIR), da região de saúde metropolitana I, para iniciarmos a primeira oficina”, reforçou.
Jane Neves explicou que a Atenção Básica de qualidade é fundamental. Ela citou algumas enfermidades crônicas que podem ser evitadas, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes dentre outras. “No grupo das condições crônicas citamos também a mortalidade materna. As condições crônicas são de longo acompanhamento, portanto sensíveis à atenção primária. Quando a atenção primária está organizada, há uma redução de internação e evidentemente da morbidade por essas causas que são sensíveis”, concluiu.
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 05/08/2013 às 20:21
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