Tabagismo também gera danos ao meio ambiente

Organização Mundial de Saúde alerta para poluição provocada pelos cigarros

Os malefícios para a saúde, causados pelo hábito de fumar são amplamente divulgados, mas neste ano a Organização Mundial de Saúde ampliou a questão abordando os danos causados ao meio ambiente. E aponta que se cada um dos 294 mil tabagistas do Distrito Federal seguirem a média de lançarem em vias públicas dez bitucas de cigarro por dia, são mais 2 milhões e 940 mil por dia, ou mais de 107 milhões por ano.

Os danos ambientais são enormes. Duas bitucas são suficientes para fazer um litro de água virar esgoto. Em média, uma árvore é cortada para produção de 300 cigarros. Assim, alguém que fuma dez cigarros por dia, na prática, é indiretamente responsável pela derrubada de uma árvore por mês.

O assistente social Saulo Viana de Oliveira, que atua na Secretaria de Saúde no combate ao tabagismo, ressalta que esse tipo de abordagem ambiental pode ajudar quem precisa de estímulos para parar de fumar. “Toda informação é prevenção”, defende.

Para ele, é importante que as pessoas conheçam todos os impactos provocados pelo hábito de fumar, desde a produção dos cigarros até o descarte das bitucas, além dos danos para a própria saúde. “Tem que levantar tudo o que é possível, inclusive a parte financeira, já que representa um grande gasto e sobrecarga do sistema público de saúde com o tratamento de doenças”, explica.

“Os próprios usuários sofrem no bolso com a manutenção da dependência à droga”, acrescenta. O cálculo dos custos com o fumo costumam fazer parte dos encontros iniciais de combate ao fumo.

Danos ambientais

5 toneladas de CO2 são produzidas por um único fumante ao longo da sua vida

200 mil hectares são desmatados anualmente para o cultivo de tabaco

3,7 litros de água são usados para a produção de 1 cigarro

84 milhões de toneladas de CO2 são lançados anualmente na atmosfera por conta da indústria do cigarro

4,5 trilhões de bitucas de cigarro são deixadas anualmente em todo o planeta

Fonte: Organização Mundial de Saúde

Humberto Leite, da Agência Saúde DF | Edição: Margareth Lourenço