VACINEM SEUS FILHOS

O temor não passou! Para evitar casos ou surtos de pólio ou sarampo, é necessária a vacinação de 499.042 crianças no Maranhão. Estamos a duas semanas do encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo, e cerca de 82% do público-alvo da campanha ainda não tinha se vacinado até o último sábado. 

Doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, o sarampo mata. A poliomielite é também outra doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus. Assim, nos casos graves, os membros inferiores são os mais atingidos. A doença pode causar paralisia e até a morte.  Lembre-se: com a vacinação, a proteção de estende ao logo da vida da criança. 

No Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) certificou, em 2016, a eliminação da circulação do vírus do sarampo. Agora, o país enfrenta dois surtos da doença, em Roraima e no Amazonas. O Ministério da Saúde também identificou casos isolados (relacionados à importação) em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro. 

Cuidamos da saúde das crianças do nosso estado. Investimos na melhoria da assistência em saúde da rede materno-infantil. Nossos esforços estão concentrados na expansão da oferta de serviços e na melhoria dos indicadores da saúde da população. 

Para cumprir o propósito de imunizar cada uma das crianças do Maranhão, a ‘guarda’ é compartilhada. Um bom exemplo a seguir é o da mãe de Davi Augusto Carvalho Costa, de 1 ano e 11 meses. Ele recebeu as vacinas no Centro de Saúde Genésio Rêgo, em São Luís. Segura da sua decisão, Ivonete Sousa de Carvalho, de 42 anos, optou pela proteção da vida do filho. Por lá, aconselhou os pais e responsáveis sobre a importância da vacina e como a mesma evita que os pequenos fiquem doentes. 

A lição precisa ser aprendida: os pais e responsáveis, sob qualquer pretexto, não podem deixar de levar a legião crianças de um a menores de cinco anos aos postos de saúde até 31 de agosto. E, nesse contexto, é dever do Estado assegurar que haja vacinas em cada posto de saúde e nas comunidades isoladas – seja rural, indígena ou quilombola.

A mobilização governamental na TV, rádio e redes sociais em torno da Campanha é barrada por um único pensamento viralizado: a ideologia falsa e perigosa de que vacinar faz mal à saúde. O novo surto de sarampo aponta para um grupo que deixou de se prevenir, e, infelizmente, os baixos índices de imunização de pólio podem nos introduzir ao início do século XX, precisamente em 1910, quando houve epidemia mundial.

Esse pensamento absurdo deixa de compartilhar o fato de que a descoberta da vacina contra poliomielite, em 1950, permitiu a erradicação global da doença. Resta saber quantas vidas os pais ou responsáveis legais estão dispostos a arriscar por essa ideologia sem sentido até ser necessária a construção de um pensamento protetivo e preventivo. 

A vacinação é mais que necessária, ela é urgente. Protejamos nossas crianças!

Artigo publicado pelo secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, no Jornal Pequeno, Página 3, no dia 19 de agosto de 2018.