Conass cobra apoio do Ministério da Saúde em relação às medidas de isolamento social e gestão tripartite

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), reunido com a presença da totalidade dos secretários na tarde desta terça (5) com o ministro da Saúde, Nelson Teich, reafirmou o entendimento de que o isolamento social é a estratégia mais adequada para reduzir a velocidade da transmissão do novo coronavírus no País. No encontro, o presidente da entidade e secretário de Estado da Saúde do Pará, Alberto Beltrame, ressaltou a necessidade de um discurso único do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o tema e conclamou o Ministério da Saúde a se juntar a Estados e municípios no esforço para que a população fique em casa. Secretários estaduais de saúde observaram que, apesar do tema ser de grande relevância, não foi realizada até o momento uma campanha publicitária de alcance nacional com informações sobre a pandemia, medidas de prevenção, como a lavagem de mãos e o distanciamento social. Teich afirmou que essa solicitação dos secretários será atendida.

Além da campanha publicitária, o ministro se comprometeu a criar grupos de trabalho com representantes do Ministério da Saúde, de secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems) para pactuar estratégias de enfrentamento à epidemia. A intenção é de que representantes das três esferas de governo façam reuniões diárias, para definir ações a serem adotadas – assegurando, portanto, o caráter tripartite das decisões de gestão do SUS.

Secretários reforçaram, durante a reunião, preocupação com a demora na entrega de materiais essenciais para o tratamento de pacientes com coronavírus e de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) usados por profissionais de saúde, a habilitação de leitos de UTI – etapa essencial para que haja o pagamento das diárias de internação por parte da União – e o acesso a testes de identificação do novo coronavírus. Também foi destacada a necessidade de se criar mecanismos para permitir o pagamento de leitos de terapia intensiva instalados em hospitais de campanha. A previsão atual é de que sejam reembolsados apenas atendimentos de leitos comuns.

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