Em um mês, Policlínica Metropolitana fez quase 14 mil atendimentos exclusivos de Covid-19

A Policlínica Metropolitana teve seu perfil de atendimento alterado desde o último dia 6 de março. Assim como em 2020, na alta dos casos de Covid-19, a unidade voltou a realizar atendimento exclusivo para casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus, a partir da apresentação de sintomas leves e moderados. Em um mês, já foram registrados 13.906 atendimentos nos serviços de consultas, exames laboratoriais e de imagem, e disponibilização de medicamentos.

Lilian Gomes, diretora Executiva da Policlínica explica a estratégia de atendimento. “Estamos oferecendo à população diariamente 600 atendimentos, que têm sido importantes porque ofertamos o acesso ao médico e ao tratamento medicamentoso. Com isso evita o agravamento da doença e, consequentemente, reduz os números de internação hospitalar. Nós temos sido bem sucedidos nesse sentido, com uma média de 480 pacientes por dia, e menos de 1% de internação. Então isso mostra que o tratamento na fase inicial da doença é a maneira e a estratégia mais adequada de enfrentamento”, pontuou a diretora.

A feirante Andreia Santos de Carvalho, 45 anos, procurou a unidade no terceiro dia de sintomas. “A gente sempre fica apreensivo em ir procurar o atendimento porque vê no jornal que em todo lugar está lotado. Mas eu vim logo aqui e fui super bem atendida, é bem organizado e rápido. Minha consulta foi muito boa, ela (a médica) explicou direitinho o que tenho de fazer, e se tiver febre, com dois dias, é para eu retornar. Já estou saindo com a medicação nas mãos”, contou a autônoma.Para a gestora, os dados também revelam que a descentralização dos atendimentos favorece o combate à pandemia. “É inevitável comparar com o cenário que vivemos no ano passado. Percebemos que, embora se tenha um número significativo, os outros pontos de atendimento itinerante, como a Unidade Móvel do Hangar, da Pedreira, Jurunas, Mangueirinho, o NEL, estamos descentralizando esse paciente. É muito bom porque a população tem mais de um ponto para procurar em caso de necessidade. Isso mostra o quanto a estratégia é assertiva, porque a gente visa o atendimento direto ao paciente numa fase inicial da doença, que ainda não tem agravamento”, explicou Lilian.

O médico Lucas Vieira Lima alerta sobre o tratamento individualizado. “O objetivo principal é identificar os pacientes que estão graves ou tem potencial de agravar em breve para tentar conseguir uma terapêutica o mais cedo possível para eles. Todo mundo está querendo uma válvula de escape, procurando um medicamento, uma cura, uma salvação. Não tem milagre, é se isolar, ficar em casa, respeitar todas as medidas possíveis. Evite sair, faça suas atividades em casa, se puder, fique em home office. Não existe nenhum remédio milagroso, nenhuma fórmula. Tentar não se contaminar é o principal apelo”, orientou.

A Policlínica tem o diferencial de contar com os exames laboratoriais e de imagem, complementares à avaliação clínica, como a tomografia computadorizada, que identifica lesões pulmonares. “Tivemos menos de 1% de indicação de internação hospitalar. Então não deixa de ser um ponto positivo em meio a essa turbulência que estamos vivendo. Ou seja, temos muito mais pessoas em condições de se tratar em isolamento domiciliar do que precisando de cuidados hospitalares. Mas é uma soma de forças, de cuidados, de atenção, enfatizando junto à população que é necessário que tenha os cuidados, faça cumprir as orientações e boas práticas do uso da máscara e do álcool gel, evitar aglomerações. Sempre vou falar isso, pois foi o que segurou o ano passado e está nos fazendo vencer a desse ano”, avaliou a diretora executiva.

A Poli Metropolitana conta com 281 profissionais, entre médicos, equipes assistenciais, administrativas e de apoio. A unidade disponibiliza os serviços de consultas, exames (sangue, raio-X e tomografia) e entrega de medicamentos.

Serviço:

Policlínica Metropolitana de Belém – Av. Dr Freitas

Horário: das 8h às 17h de domingo a domingo

Capacidade: 600 atendimentos diários.

Texto: Dayane Baía/Secom

Fotos: Bruno Cecim/Ag. Pará