O Conass participou em 2020, junto com outros parceiros globais, da elaboração do Plano Global de Segurança do Paciente 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde. O documento foi feito para eliminar danos evitáveis na área da saúde com a visão de “um mundo em que ninguém é prejudicado nos cuidados de saúde e todos os pacientes recebam cuidados seguros e respeitosos, todas as vezes, em todos os lugares”.
O objetivo do Plano é que nos próximos 10 anos as pessoas do mundo tenham acesso aos serviços de saúde com segurança e qualidade. Para que o Brasil possa cumprir essa meta, o Conass promoveu ontem (03), uma Oficina Segurança do Paciente, com intuito de elaborar estratégias estaduais que garantam a segurança do paciente de acordo com a implementação do Plano.
Durante a oficina, os participantes elaboraram uma ficha dos Indicadores essenciais e avançados para impulsionar a mitigação de riscos, redução dos níveis de danos evitáveis e melhorias na segurança do Paciente no Brasil. “Assegurar a qualidade do cuidado e a segurança do paciente é extremamente necessário. Essa perspectiva de construir um processo de monitoramento dos indicadores para ser aplicado nos estados é de uma importância singular para melhorar a gestão”, disse o assessor para Relações Internacionais do Conass, Fernando Cupertino.
A assessora técnica do Conselho, Carla Ulhoa, destacou a importância de os indicadores serem debatidos pela Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde, Conasems, universidades e especialistas da área e pelo Centro de Informações Estratégicas para a Gestão Estadual do SUS (Cieges). “Quando esses indicadores forem aplicados nos estados, os gestores poderão ter um panorama da situação e aprimorar a segurança do paciente em todo país”, disse ela.
Parceiros
Para Dagoberto Costa, representante do Conasems, a missão do encontro é elaborar estratégias e ações eficazes, baseadas no desenvolvimento de sistemas e parcerias. “Nós sabemos que os municípios têm grande influência e relevância na segurança do paciente, e sabemos como pode ser feita essa segurança na ponta”, frisou.
A Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Gisele Calais, falou das ferramentas de implementação para tornar o cuidado em saúde mais seguro em sua oferta. “Esse trabalho em conjunto facilitará para que possamos ter inovações transformadoras e novos modelos de cuidado mais seguros”, contou.
Segundo o diretor da Opas, Roberto Tapia, os indicadores, quando aplicados, darão um suporte estratégico na oferta de serviços mais seguros. “Estamos trabalhando nisso há 15 anos e apoiaremos inteiramente o Brasil nesse processo para a segurança do paciente”, disse Tapia. Segundo ele, é preciso ter cuidado para que as ações sejam desenvolvidas e adaptadas para se adequar às prioridades das comunidades.
A coordenadora-geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar do Ministério da Saúde, Fernanda Homze, finalizou falando sobre a importância de todos trabalharem juntos para alcançar a visão do plano de ação. “Estamos aqui para que juntos, com essa agenda coletiva, possamos aprimorar a segurança no cuidado para todos”, disse.
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