O Plano Estadual de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (PEGTES) do estado de Alagoas foi desenvolvido para ser um instrumento técnico-científico que contextualiza a gestão, formação e organização do trabalho no setor de saúde do estado. O documento tem como objetivo principal fortalecer a capacidade técnica e política de profissionais, gestores e conselheiros de saúde, promovendo um ambiente de trabalho mais eficaz e humano. A publicação, elaborada pela Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), visa consolidar a Política Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, apresentando informações e análises aprofundadas sobre o tema. O planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é visto como uma função essencial para assegurar os princípios constitucionais do SUS e as responsabilidades dos gestores em cada esfera de governo. O plano é organizado em cinco capítulos que abordam desde a análise da situação atual da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (GTES) no estado até a previsão orçamentária e os indicadores de monitoramento.
Alagoas, com uma população de 3.127.511 habitantes distribuídos em 102 municípios, tem sua rede de saúde organizada em duas macrorregiões e dez regiões de saúde. O plano identifica uma forte concentração da força de trabalho e dos serviços de alta complexidade na primeira macrorregião, com sede em Maceió. Dos 16.891 servidores estaduais, 66,78% estão na primeira região de saúde. Um dos principais desafios identificados é a precarização dos vínculos de trabalho. Em 2023, 72% da força de trabalho da SESAU era de prestadores de serviço com vínculos precários, não tendo acesso à maioria dos direitos trabalhistas. As categorias com mais vínculos precários são técnicos de enfermagem (34,95%) e médicos (23,41%). O perfil dos trabalhadores é predominantemente feminino (59%) e a maioria está na faixa etária entre 28 e 47 anos.
Na área de educação, o plano aponta que a taxa de escolaridade líquida em Alagoas é de 13,8%, uma das menores do país. A oferta de cursos técnicos, de graduação e tecnológicos é concentrada em poucos municípios e instituições privadas. Há um baixo percentual de instituições públicas, representando apenas 10%. A maioria das matrículas em cursos técnicos é de mulheres , mas há baixa participação de pessoas indígenas e pretas. O plano também destaca a importância de fortalecer a educação permanente, com a proposta de criar uma Escola de Saúde Pública estadual. Para enfrentar esses problemas, o plano detalha ações operacionais e uma previsão orçamentária de 2,5 milhões de reais, com o objetivo de reestruturar a gestão do trabalho e fortalecer a educação na saúde em Alagoas.
Palavras-chave: gestão do trabalho em saúde, educação na saúde, SUS Alagoas, PEGTES, Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, planejamento em saúde, força de trabalho em saúde, precarização do trabalho, formação de pessoal em saúde, residência em saúde, Sistema Único de Saúde, Maceió, Arapiraca, regionalização da saúde, educação permanente em saúde, políticas de saúde, valorização profissional, equidade em saúde, saúde do trabalhador, ensino superior.



