Crianças que receberam transplantes de órgãos realizam o sonho de conhecer Papai Noel

Ação da Secretaria de Estado de Saúde aconteceu na manhã de segunda-feira (18), na base da Soaer, para celebrar os bons resultados do programa RJ Transplantes, do Governo do Estado, que registrou crescimento de 15% em relação a 2022

Para celebrar os bons números em 2023 do programa RJ Transplantes, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), crianças que tiveram as vidas salvas após receberem transplantes de órgãos realizaram o sonho de conhecer o Papai Noel, nesta segunda-feira (18/12), durante um evento na base da Superintendência de Operações Aéreas da Secretaria de Estado de Saúde (Soaer). O Papai Noel chegou de helicóptero à base, localizada na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, transmitindo a mensagem de renovação da esperança para o ano de 2024 para as crianças e uma jovem com idades entre 19 e 6 anos que estavam ali presentes.

Todas foram beneficiadas com transplantes e ganharam uma vida nova após o “sim” de uma família doadora. O programa do Governo do Estado registrou 1.995 transplantes de janeiro a novembro, sendo 836 de órgãos sólidos, 274 de médula óssea, 546 de córnea, 75 de esclera e 264 tecidos músculo esqueléticos, marcando um crescimento de 15% em relação a 2022.

“A doação de órgãos é um ato de amor. Tenho muito orgulho da nossa população fluminense, que entendeu a importância dessa ação, e hoje fez do nosso estado o terceiro do país que menos diz ‘não’ à doação de órgãos no Brasil”, comemora a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Para o diretor do RJ Transplantes, Alexandre Cauduro, o transplante de órgão pode mudar o destino de uma pessoa, que deixará para trás uma história de doenças, para ter uma vida saudável.

“Estamos aqui reunidos para celebrar o renascimento dessas crianças que, por meio dos transplantes de órgãos, puderam ter suas vidas modificadas. Comemoramos ainda o crescimento do segundo ano consecutivo do número de doações de órgãos no estado. Isso é fruto de um trabalho de equipe que envolve da SOAer ao RJ Transplantes. Os investimentos da SES-RJ vêm sendo ampliados para que os procedimentos sejam ainda mais acessíveis. A mensagem de hoje é que a doação de órgãos pode mudar a vida de muitas pessoas e suas famílias, trazendo sempre uma nova esperança”, disse o diretor do RJ Transplantes, Alexandre Cauduro.

O menino Arlindo, de 6 anos, que recebeu um coração em 2019 com apenas 2 anos, estava no grupo de crianças que aguardou o pouso no heliponto do Governo.

“Precisei de um coração novo quando eu era pequeno”, explicou ao lado da sua mãe, Ana Rogéria Oliveira Barros, de 33 anos.  “Arlindo nasceu com ventrículo único e fez a sua primeira cirurgia aos 7 anos. Logo em seguida, entrou na fila para o transplante e esperou por 34 dias no CTI. Não tenho palavras para descrever a emoção do ato de amor desta família que aceitou a doação e fez o bem”, completou Ana.

A equipe do “verdinho” da Saúde (como é chamado o helicóptero da SES-RJ) tem papel fundamental na logística do transporte de órgãos. Os números deste ano, com um total de 436 órgãos transportados, foram mais do que o dobro de 2022. Completando 2 anos de atuação em 2023, a SOAer vai fechar o ano com mais de 800 horas de voo, percorrendo todo o estado e desempenhando função vital para o sistema de saúde fluminense. A atuação junto ao RJ Transplantes contribuiu para que o Rio de Janeiro alcançasse o terceiro lugar no ranking nacional de transporte de órgãos, atrás apenas de São Paulo e Paraná.

“Somos literalmente as ‘asas que salvam´ e temos muito orgulho da nossa missão de transportar órgãos e tecidos humanos. Alguns órgãos, principalmente coração e pulmão, precisam de rapidez no transporte para chegar mais rapidamente ao seu destino. Nossa equipe está à disposição 7 dias por semana para realizar esse transporte e salvar muitas vidas no Rio de Janeiro. Que venham mais missões em 2024”, destacou o comandante tenente coronel Rodrigo Medina, responsável pela SOAer.

Muito feliz, o menino Arlindo não continha a emoção no colo do Papai Noel e avisou. “Quando crescer, quero ser piloto”.

Fonte: SES/RJ