DF tem a menor mortalidade infantil no Brasil

“A mortalidade infantil não é uma ação só da Secretaria de Saúde. Envolve também saneamento básico, água encanada, transporte, asfalto…”, explica a médica Miriam Santos, presidente do comitê central de prevenção e controle dos óbitos materno fetal e infantil do DF. Ela ressalta a importância de iniciativas como os bancos de leite, e principalmente, a cobertura na rede pública e privada.
É o caso da inauguração das novas Unidades Básicas de Saúde: já foram sete na gestão do governador Ibaneis Rocha e outras três estão previstas para serem entregues neste ano. “Tudo isso vai favorecer a redução da mortalidade infantil”, opina a médica, que ressalta a importância de ações que vão desde o planejamento familiar até o tratamento de doenças infantis.
Em nível especializado, na semana passada o Hospital da Criança de Brasília José Alencar inaugurou uma nova ala de Terapia Renal Substitutiva, que já está funcionando e beneficia diversas crianças as quais precisam fazer diálise. O DF também se destaca por ter um protocolo especial para uso do medicamento Palivizumabe para recém-nascidos de até 31 semanas e 6 dias para combater doenças respiratórias. No restante do Brasil o uso só vai até às 28 semanas.
O DF também é a única unidade da federação que, desde 2011, possui o Teste do Pezinho ampliado, que detecta 40 doenças. O número será ampliado para 53. Só em 2020 foram realizados 39.500 exames de primeira amostra, com um total de nascidos vivos na rede pública de 37.918 crianças. No total, já foram feitos mais de meio milhão de testes no DF.
Miriam Santos também ressalta a implantação da estratégia de saúde de família, que facilita o acesso ao atendimento, especialmente nas regiões mais vulneráveis do DF. “Nós temos diferenças entre as nossas regiões de saúde. E isso faz com que desejemos batalhar mais para que a gente melhore a qualidade de saúde, da educação, das políticas públicas”, afirma a médica.
Atualmente, os servidores da área também têm passado por treinamentos específicos da chamada Estratégia AIDPI, de atenção integral à doenças prevalentes na infância. A expectativa é a de que, mesmo com a pandemia de covid-19, o DF continue com índices de mortalidade infantil abaixo da média nacional. “E não basta apenas fazer as nossas crianças sobreviverem, a gente quer também que elas tenham qualidade de vida”, finaliza Mirian Santos.
Campanha de multivacinação
A cobertura vacinal no DF contra várias doenças estão abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. No caso da pólio, penta, rotavírus e tríplice, mais de 20% da população brasiliense não está imunizada.
Por isso, até o próximo dia 29 acontece a campanha de multivacinação para crianças de zero a 14 anos e 11 meses. São 111 postos abertos de segunda a sexta-feira para realizar a atualização dos cartões de vacina.
Confira os locais de vacinação aqui.