Experiências dos estados no enfrentamento à morbimortalidade por acidentes de trânsito são apresentadas em seminário

Nesta quarta-feira, nove dos 15 estados que fazem parte do Projeto e-Transitar, apresentaram, em um seminário online promovido pelo Conass, as experiências desenvolvidas no âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde para o enfrentamento da morbimortalidade por acidentes de trânsito.

O e-Transitar foi lançado em 2019 e é fruto da adesão dos secretários estaduais de saúde ao projeto do Conass, aprovado em assembleia geral e tem como objetivos apoiar as secretarias estaduais de saúde na implantação e/ou fortalecimento do Programa Estadual Vida no Trânsito (PVT); apoiar a construção e/ou fortalecimento do Plano de Ação Estadual de Enfrentamento à Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito e potencializar os instrumentos de gestão, propiciando maior eficiência na gestão dos agravos e das situações vinculadas aos acidentes de trânsito.

O coordenador técnico do Conass e do projeto, Fernando Cupertino, ressaltou que o tema é uma preocupação antiga do Conselho e foi pautado como uma estratégia em assembleia dos secretários. “Diante disso, estruturamos esse projeto de enfrentamento à violência no trânsito e quero agradecer às secretarias estaduais de saúde que participam da iniciativa e que hoje estão aqui pra apresentar suas experiências”.

A assessora técnica do projeto no Conass, Mércia Gomes, enfatizou que, apesar do momento crítico da pandemia, as secretarias conseguiram realizar muitas ações importantes.

Distrito Federal, Tocantins, Pernambuco, Maranhão, São Paulo, Acre, Paraíba, Mato Grosso e Rio Grande do Norte compartilharam as experiências desenvolvidas ao longo dos dois anos do projeto. Todos ressaltaram a importância da iniciativa do Conass que permitiu aos estados trocarem experiências entre si de maneira a aperfeiçoar e qualificar as ações de enfrentamento da violência no trânsito.

Também pontuaram a necessidade de ações multissetoriais entre as várias esferas do governo, uma vez que o problema dos acidentes de trânsito não é de responsabilidade direta da saúde, mas impacta diretamente no setor, afetando o sistema de saúde. A necessidade de uma comunicação efetiva que gere adesão na sociedade também foi pautada nas apresentações.

Segundo Fernando Cupertino, todo o trabalho desenvolvido está apenas começando. “A partir do momento que se tem a visibilidade sobre o tudo que já foi feito e que se descortinam os desafios futuros, podemos afirmar que estamos apenas no ínicio do processo e é preciso ter perseverança. Todos os estados mostraram hoje que sem perseverança não é possível continuar. E, além disso, quero reforçar a importância de insistirmos na comunicação social sem confiar apenas em mídias sociais, mas levando em conta também a grande população que não tem acesso a esse tipo de material ”, concluiu.

Para Mércia Gomes, o projeto conseguiu levar a pauta de forma mais reflexiva para os instrumentos de gestão. “Não podemos trabalhar planos de ação de enfrentamento à morbimortalidade por acidentes de trânsito sem pensar no que já temos como plano que norteia a saúde na assistência e na vigilância. Precisamos olhar para as programações anuais e para os relatórios,  e os estados têm feito isso ao longo desses dois anos de projeto”.

Por fim, a assessora explicou que é importante dar continuidade ao trabalho uma vez que ele impacta diretamente na vida das pessoas e não apenas nos custos em saúde. “São mães, pais, filhos e filhas, são vidas perdidas. Precisamos pensar nisso como um problema de saúde pública.

Acesse as apresentações:

O seminário na íntegra pode ser assistido no vídeo abaixo

Ascom Conass

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