O objetivo é qualificar os profissionais de saúde no desenvolvimento de estratégias de acompanhamento e encaminhamento das crianças afetadas pela síndrome congênita
Profissionais de saúde, estudantes e demais interessados na atenção às crianças com alterações de crescimento e desenvolvimento relacionadas à Zika e STORCH, já podem se inscrever na quarta oferta do curso oferecido pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), em parceria com a UNA-SUS e o Ministério da Saúde.
A capacitação – que já reúne cerca de 20 mil matrículas, desde o lançamento em 2019 – é livre, gratuita e tem início imediato. As matrículas podem ser realizadas até o dia 31 de janeiro de 2023, pelo link.
O objetivo é qualificar os profissionais de saúde no desenvolvimento de estratégias de acompanhamento e encaminhamento das crianças afetadas pela síndrome congênita, no caso de alguma alteração no curso de desenvolvimento motor, além dos protocolos de orientação às famílias e cuidadores.
Com carga horária de 30h, o curso apresenta o contexto epidemiológico do Zika e STORCH e trata do desenvolvimento infantil a partir da perspectiva do cuidado integral na Estratégia Saúde da Família (ESF), incluindo avaliação neuropsicomotora e estratégias de orientação e seguimento na perspectiva da ESF.
Segundo a coordenadora pedagógica do curso no IFF/Fiocruz, Miriam Calheiros, crianças com deficiências podem estar mais expostas às situações de vulnerabilidade, dialogando com um grupo maior daquelas que vivem com condições crônicas e complexas de saúde. “Sabe-se que o desenvolvimento integral da criança é decorrente da integração de vários elementos, dentre estes os aspectos biológicos, as experiências que elas vivenciam a partir dos estímulos do ambiente e fatores adversos que podem influenciar negativamente nesse processo. Importante destacar que o desenvolvimento de uma criança é multidimensional e integral, acontece continuadamente, porém com padrões únicos e pela interação com os outros”, afirma Calheiros.
Por isso, o curso tem como enfoque as quase 3 mil crianças com múltiplas deficiências, cronicamente complexas, vivendo com as repercussões da epidemia de Zika que afetou as mulheres grávidas, em 2015, causando microcefalia e outras malformações congênitas em seus filhos.
“Essa complexidade demanda a atuação de diferentes áreas do conhecimento e práticas, incluindo uma rede de ações complementares e contínuas, na sinergia entre os setores da saúde, educação, assistência social e direito, dentre outros”, finaliza a coordenadora.
Síndrome congênita do Zika
A Síndrome congênita do Zika (SCZ), engloba casos de microcefalia e/ou outras alterações do Sistema Nervoso Central associados à infecção pelo vírus. As consequências associadas a essa síndrome apresentam padrões diferenciados de manifestações clínicas, interferindo de forma diversa no crescimento e desenvolvimento dessas crianças.
Para saber mais sobre esse e outros cursos UNA-SUS, acesse: www.unasus.gov.br/
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