Ministro Nelson Teich assume comando do Ministério da Saúde

Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS

Tomou posse nesta sexta-feira (17), em Brasília, o novo ministro da Saúde, o oncologista Nelson Tiech. A cerimônia contou com a presença de ministros e demais autoridades do governo.

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, agradeceu a oportunidade de ter contribuído para o Sistema Único de Saúde (SUS), desejou sorte ao novo ministro e se colocou à disposição do país sempre que necessário.

Mandetta, falou sobre pontos importantes a serem observados por Teich e ressaltou que o SUS é um sistema complexo. “Temos o desafio de construir um sistema universal, igualitário que busca a equidade e integralidade. São desafios para uma geração de brasileiros, que foram plantados na Constituição Federal de 1988” .

O ex-ministro citou algumas ações importantes realizadas em sua gestão como a criação da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, afirmou que não existe saúde sem economia e evidenciou a importância da autonomia científica, chamando a atenção para a importância do complexo industrial e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A Fiocruz se revela mais do que nunca necessária à própria soberania. Precisamos fortalecer o complexo industrial porque se houver vacina, ela só será feita por quem tiver capacidade de fazê-la. Para isso, precisamos dessa autonomia dentro do celeiro das autoridades que lutam pela nossa saúde pública”.

Nelson Teich, disse que assumir o Ministério da Saúde é o maior desfio da sua vida profissional e uma grande oportunidade de ajudar as pessoas, neste momento delicado não só para o Brasil, como para o mundo.

Observou que a sua experiência como oncologista, moldou seu lado humano. “Por mais que falemos em saúde e em economia o foco de tudo que fizermos será nas pessoas”.

O ministro ressaltou a importância da informação e observou que uma das características da Covid-19 é justamente a pobreza de informações sobre a doença, o que leva a um nível enorme de ansiedade e medo. “Precisamos administrar todo o comportamento de uma sociedade que hoje está com muito medo. Teremos de trabalhar com planejamento, buscando o máximo de informações para assim termos o começo da construção de uma solução”.

Para isso, deseja integrar as ações do Ministério da Saúde aos demais ministérios a fim de juntar o máximo de conhecimento possível, mapeando os assuntos relacionados e assim ter mais pessoas capacitadas trabalhando juntas.

Teich reforçou ainda que atuará em conjunto com estados e municípios acompanhando com agilidade as informações sobre o avanço da doença.

Também observou ser fundamental ter atenção aos indicadores econômicos, pois a partir do momento em que as pessoas perdem seus empregos, também podem perder seus planos de saúde e com isso, gerar uma sobrecarga no SUS. “É importante avaliarmos tanto a questão da saúde quanto a questão econômica. Essas duas áreas não são concorrentes, mas precisam ser analisadas juntas, pois As pessoas mais pobres serão as que mais vão sofrer. Nossa atenção para essas pessoas será total”.

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