Roraima – Prova Tuberlínica: técnicos aplicam teste em reeducandos

Ao todo, são seis profissionais de saúde que  estão aplicando o teste

Durante a capacitação promovida pelo Núcleo Estadual de Controle da Tuberculose sobre aplicação e leitura da Prova Tuberculínica, que ocorre até dia 21 de setembro, espera-se pelo menos que 600 reeducandos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC) sejam submetidos à aplicação do PPD (Derivado Protéico Purificado). A ação ajuda a identificar pessoas infectadas com o bacilo da tuberculose, mas que não tem sintomas.  

Ao todo, são seis profissionais de saúde que estão desde domingo, 15, reunidos com a técnica referência do Ministério da Saúde (MS) nesse tipo de aplicação. Os municípios de Bonfim e Cantá enviaram um profissional de saúde, o Serviço de Assistência Especializada mais um técnico, e de Boa Vista são três participantes. O domingo foi reservado para fazer a parte teórica, desde como se aplica o teste, o que significa PPD, para que serve, além de demonstrarem a aplicação entre si, antes de partirem para a PAMC.

De acordo com Goreth Alves, gerente do Núcleo de Controle da Tuberculose, a aplicação da prova tuberculínica está prevista acontecer até terça feira, 17. A leitura pode se estender até sexta-feira, 21. A meta de cada profissional é fazer de 80 a 100 aplicações. “Quando atingir o quantitativo proposto, os mesmos profissionais farão a leitura do teste tuberculínico, obedecendo às 72 horas depois do teste feito”, explicou.

Os testes estão sendo feitos aos poucos. A cada período do dia é enviado certo número de detentos para serem submetidos à prova, e detectarem casos negativos ou positivos da doença. A doença tem cura se for tratada a tempo e corretamente.

Goreth comentou que as aplicações estão sendo feitas entre reeducandos que nunca fizeram o teste ou que fizeram há muito tempo atrás. Segundo ela, quem já foi detectado como positivo sempre será positivo. “Quem já foi reator, eles vão sempre ser reator. Por isso, não há necessidade de repetir a aplicação. Embora alguns já devam ter saído da unidade prisional, por outro lado, há muitos novatos”, comentou.

Paralelo à prova tuberculínica, a equipe técnica está colhendo também a baciloscopia, são pessoas com tosse a mais de três semanas. Caso seja confirmado algum caso de tuberculose, imediatamente, o paciente inicia o tratamento. Eles serão acompanhados pela equipe de saúde da unidade prisional. Os profissionais supervisionarão os pacientes durante todo o tratamento. “Quem não toma o medicamento de forma regular ou desiste do tratamento pode desenvolver resistência”, diz Goreth.

A gerente mencionou que a preocupação e o objetivo do Núcleo é capacitar os profissionais de saúde e fazer a vigilância nos pacientes em tratamento. Vigiar principalmente, a população privada de liberdade, pois conforme Goreth, esta possui dez vezes mais probabilidade de desenvolver a tuberculose, por estar em um ambiente fechado, sem circulação de ar, sem luz solar, entre outros fatores que ajudam na multiplicação de algum bacilo.


ASCOM SESAU
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