O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou na manhã desta sexta-feira, 13, o I Seminário Estadual do PlanificaSUS, reunindo gestores e trabalhadores da área da saúde no auditório do Delmar Hotel. O evento foi aberto pelo secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, que no ato representou o governador Belivaldo Chagas. Várias personalidades foram contempladas com o troféu PlanificaSUS por terem contribuindo para a implantação do projeto no Estado.
O objetivo do seminário foi o de apresentar à sociedade e aos gestores uma prestação de contas do projeto em Sergipe, assinalando o que já foi feito até o momento, os avanços construídos nas duas Regiões de Saúde que receberam o PlanificaSUS, que são Lagarto e Itabaiana. O secretário Valberto de Oliveira entregou aos 20 prefeitos e aos 20 secretários de Saúde de ambas as regiões relatório das equipes técnicas, planos de ação construídos para cada município e o status de como se encontra cada um deles dentro do projeto.
Em seu pronunciamento, o secretário Valberto de Oliveira falou da importância do PlanificaSUS no processo de promoção da qualificação da saúde pública em Sergipe. “É uma ferramenta espetacular, que permite a reorganização dos processos de trabalho, com o foco na atenção integral ao paciente. Foi pensando nisso que o governador Belivaldo Chagas aderiu ao projeto e está empenhado em implantá-lo em todas as Regiões de Saúde do Estado”, declarou.
O prefeito de Simão Dias, Marival Santana, foi um dos gestores que também abraçou a causa do PlanificaSus. “Estamos aqui porque acreditamos no projeto que tem a proposta de melhorar muito a saúde pública e queremos que essa melhoria chegue ao nosso município. Trouxemos para o seminário os gestores de saúde e os profissionais do Programa Saúde da Família, para que cada um de nós compreenda melhor o PlanificaSus e se engajem nesta causa”, disse. Simão Dias compõe a Região de Saúde de Lagarto.
Três referências nacionais palestraram no seminário. Um deles, o professor doutor Eugênio Villaça, responsável por toda base teórica do PlanificaSus, adoeceu e falou ao público por videoconferência. Ele defendeu o tema ‘O Papel da Atenção Primária a Saúde como Ordenadora da Rede e Coordenadora do Cuidado e o Modelo de Atenção às Condições Crônicas’.
Na sequência, a doutora Maria Zélia Soares Lins, apoiadora do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Saúde (Conass), apresentou o tema ‘A Organização da Atenção Ambulatorial Especializada em Rede com a Atenção Primária à Saúde’. Segundo ela, na atualidade, considerando a condição de saúde da população brasileira, com prevalência das condições crônicas, o PlanificaSus é a real estratégia para organizar os serviços. “O projeto é a solução para a qualificação da Atenção à Saúde e o Estado de Sergipe está de parabéns porque abraçou essa causa e está caminhando muito bem à frente desse processo”, salientou.
A endocrinologista pediatra do Distrito Federal, Emanuella Vital, trouxe para o seminário a experiência de atuar em ambulatório multidisciplinar, de forma interdisciplinar, e em consultório tradicional tratando pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
“A mudança é muito evidente. Imagine que estou atendendo um paciente que precisa de nutricionista, de psicólogo e de assistente social. No modelo tradicional fazemos o encaminhamento. Mas, no ambulatório multidisciplinar, de forma interdisciplinar, ele vai passar em forma de circuito por todos esses profissionais e depois de passar por todos nós, formamos um plano de cuidados integrais. Resolvemos as metas que ele tem a cumprir e o que ele tem que fazer. Então é um ganho para a população e para nós profissionais, que queremos o bem do paciente, ver a evolução dele”, observou.
A sergipana Maria José Evangelista é membro do Conass e fala sobre o principal desafio de Sergipe no PlanificaSus. “No caso da Atenção Primária, o projeto está indo super bem, mas quando se fala da Atenção Especializada, por causa de deficiência estrutural, já que as duas regiões não tinham os recursos humanos necessários, podemos dizer que está em fase de estruturação, mas dentro do esperado. O desafio agora é expandir para todas as sete regiões de saúde”, atestou.
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Fonte: Ascom SES/SE
Fotos: Valter Sobrinho