Alagoas iniciou a campanha de vacinação contra a Covid-19 em 19 de janeiro deste ano e, desde então, o Estado tem avançado na imunização dos alagoanos pela luta contra a Covid-19. Mas para a efetiva imunização, a população deve ficar atenta a todas as doses do ciclo vacinal, pois o atraso na aplicação da segunda e terceira doses, compromete a proteção contra o novo vírus, que possui potencial de agravamento e mortalidade, conforme ressalta o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Herbert Charles Barros.
De acordo com ele, é necessário que as pessoas entendam que a vacina não impede a transmissão do vírus, mas, melhora a imunidade do corpo contra o patógeno. Assim, a vacinação diminui de maneira relevante a possibilidade de agravamento e morte pela Covid-19. “Não se vacinar é deixar o organismo totalmente desprotegido contra o novo coronavírus, possibilitando que ele se manifeste da forma mais agressiva, o que pode levar à hospitalização e a evolução para o óbito”, salienta Herbert Charles Barros.
O superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, explica que a proteção contra a Covid-19 só é adequada se a população tomar as doses indicadas no tempo certo. Ele afirma, ainda, que o número de pessoas infectadas varia de acordo com um conjunto de fatores. “Isso depende tanto de fatores comportamentais, como uso de máscara, higienização das mãos e isolamento social, como também da sazonalidade do vírus. Mas não é porque o número de transmissão está relativamente baixo, que as pessoas podem deixar de se vacinar ou se descuidar com relação aos protocolos sanitários”, observa.
A sazonalidade dos vírus é resultado de uma combinação de fatores, envolvendo temperatura e umidade, que representam as condições de sobrevivência dos patógenos no ar e nas superfícies. Assim, algumas doenças podem ter sua taxa de transmissibilidade maior a depender da época do ano. “Se as pessoas atrasarem seus esquemas vacinais e deixarem pra tomar a segunda dose no momento em que o número de infectados aumentar, o corpo pode não conseguir criar resposta imune a tempo e as chances de agravamento e morte pelo novo coronavírus serão maiores, em comparação com aqueles que estão com o esquema vacinal em dia”, conclui o superintendente.
Para o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, neste momento é importante que a população alagoana se conscientize de que, tomar a vacina contra a Covid-19, é o passaporte necessário para que a vida volte à normalidade em breve. “O mais importante agora é o cidadão alagoano se conscientizar para se vacinar, pois tem muita gente com segunda dose atrasada e muita gente que ainda não tomou a dose de reforço. Por isso, é importante ressaltar que, por meio da proteção gerada pela vacina, vamos conseguir voltar ao nosso convívio normal. Não podemos relaxar nesse momento, parar de usar a máscara, não se vacinar e imaginar que a Covid-19 vai desaparecer num passe de mágica”, observa o gestor da saúde estadual.
Orientação – Seguindo orientações do Ministério da Saúde (MS), todos os alagoanos com 12 anos ou mais devem se vacinar com as duas doses do imunizante contra a Covid-19 em qualquer posto de vacinação do município de residência. O tempo entre a primeira e a segunda dose varia de acordo com o imunizante aplicado e, por isso, é importante observar bem a data prevista para a segunda dose constante no Cartão de Vacinação, após a primeira dose.
Com relação à dose de reforço (uma espécie de terceira dose), a aplicação é feita nas pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a vacina da AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer, cinco meses após a segunda dose. A vacina utilizada para a dose de reforço é a da Pfizer ou, de maneira alternativa, a Janssen ou AstraZeneca, independentemente do esquema vacinal primário. E para quem recebeu os imunizantes da Janssen, é necessário aguardar posicionamento oficial do MS acerca da possibilidade de segunda dose.
De acordo com notas informativas do MS, há uma possível diminuição, ao longo do tempo, da resposta imune contra a Covid-19, após a segunda dose da vacinação na população. Por isso, é importante a aplicação da dose de reforço. Há também a dose adicional para os imunossupimidos, que tomam uma dose da Pfizer ou da AstraZeneca, 28 dias após a segunda dose do imunizante. Esses indivíduos usualmente apresentam resposta reduzida às diferentes vacinas do calendário vacinal, necessitando de esquemas de vacinação adaptados.
Já as pessoas com faixa etária entre os 12 e 17 anos, só podem tomar o imunizante da Pfizer, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dessa forma, eles tomam a segunda dose oito semanas após a primeira dose. Além disso, os adolescentes com alto grau de imunocomprometimento, devem tomar, ainda, uma dose adicional da vacina da Pfizer, 28 dias depois da segunda dose. Os adolescentes não tomam a dose de reforço.
Balanço – Até agora Alagoas recebeu do Ministério da Saúde 5.104.895 doses das vacinas CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. No total, o Programa Nacional de Imunização (PNI) em Alagoas, órgão vinculado à Sesau, já distribuiu 4.546.325 doses de vacinas para os 102 municípios.
Desde o início da Campanha Estadual de Vacinação em Alagoas, em 19 de janeiro deste ano, foram aplicadas 4.215.241 doses. Deste total, 2.328.562 de pessoas tomaram a primeira dose (D1), 1.739.210 já foram imunizadas com a segunda dose (D2) ou dose única (DU) e 147.469 com a dose de reforço ou adicional.
E para que a luta contra a pandemia seja mais efetiva é preciso continuar atento aos cuidados no combate à Covid-19, inclusive para evitar a proliferação de novas variantes. Por isso, não esqueça:
– Use máscara ao sair de casa;
– Respeite os protocolos de distanciamento social;
– Lave suas mãos com frequência. Use sabão e água ou álcool em gel;
– Evite tocar os olhos, nariz ou boca;
– Cubra nariz e boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar;
– Fique em casa se você se sentir indisposto;
– Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar.
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Repórter: Bia Alexandrino
Repórter Fotográfica: Carla Cleto