A partir da segunda quinzena de maio o Sistema Único de Saúde (SUS) vai distribuir o primeiro lote de preservativos femininos adquiridos pelo Ministério da Saúde. Serão 20 milhões de camisinhas distribuídas em cinco lotes, durante todo o ano de 2012. Foram gastos R$ 27,3 milhões de reais para aquisição das unidades.
A distribuição de preservativo feminino faz parte da estratégia brasileira para ampliar as opções de proteção das mulheres, elaborada pelo Ministério da Saúde junto com estados e municípios. Inicialmente a distribuição será feita para profissionais do sexo, mulheres em situações de violência doméstica e/ou sexual; soropositivas e parcerias de homens soropositivos; usuárias de drogas e parceiros; mulheres com DST; mulheres atendidas pelo sistema prisional; mulheres de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher que tenham dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino. Todas as camisinhas femininas são feitos de borracha nitrílica – material antialérgico, macio e mais fino do que o látex usado na versão masculina.
Para Ellen Zita, assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, esta é uma forma de a mulher se proteger mais e melhor. “O Brasil adotou uma política de que, se vai fazer sexo faça protegido e a distribuição do preservativo feminino dá à mulher a possibilidade de que ela faça deste insumo uma proteção”.
Camisinha Feminina – O preservativo feminino chegou ao mercado brasileiro em 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do produto no pais. Desde então, o Ministério já adquiriu e distribuiu cerca de 16 milhões de preservativos para as 27 unidades da federação. A nova compra representa 25% a mais da compra total de toda a série histórica.
A camisinha feminina é uma espécie de bolsa com dois anéis flexíveis. Em uma ponta, fica o anel móvel que deve ser apertado e introduzido pelo canal vaginal até chegar ao colo do útero. O segundo anel, na extremidade oposta, é aberto e cobre a parte externa da vagina. O preservativo pode ser colocado até oito horas antes da relação sexual e não deve ser usado ao mesmo tempo que o masculino.
O preservativo feminino previne contra doenças transmitidas pelo sexo, hepatites virais e gravidez não desejada. Nesta página na internet estão disponíveis informações sobre o uso correto da camisinha feminina.
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Foto: Heide Benser/Corbis