SUS oferece tratamento para controlar e retardar sintomas do mal de Parkinson

Foto: Tony Winston – Agência Saúde DF

11 de abril é o dia mundial de conscientização sobre a doença e data chama atenção sobre a enfermidade neurodegenerativa

Tremor nas extremidades, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos tendem a ser os primeiros sintomas de quem sofre com Parkinson. É uma doença neurodegenerativa, ou seja, que provoca condições debilitantes sem cura e resulta da degeneração progressiva de neurônios.

Apesar de não ter cura, há tratamentos para controlar e retardar os sintomas. Hoje, 11 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização da doença de Parkinson que objetiva chamar a atenção sobre o transtorno e a possibilidade de tratamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, existem poucos números sobre a enfermidade e essa não é uma doença de notificação compulsória. A estimativa é que haja cerca de 250 mil portadores. Essa é a segunda doença neurodegenerativa mais comum.

O aposentado José de Sousa Barros, 82 anos, disse que estranhou quando começou a ter dificuldades para escrever o nome. “Hoje eu não gosto mais de escrever e quando precisa assinar alguma coisa peço à minha esposa”. Há quatro anos o aposentado faz acompanhamento da doença na rede pública de saúde. Ele conta com terapia, fisioterapia, cardiologista e geriatra pelo Sistema Único de Saúde. Os remédios que necessita são disponibilizados gratuitamente por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais. “Sem o serviço público não teríamos o tratamento”, disse.

Fisioterapia

José e a esposa, a aposentada Joana D’arc de Jesus Oliveira, 62 anos, têm acesso a plano de saúde, mas preferem a rede pública para o tratamento. “A gente tem o convênio que meu filho paga, mas é mais para fazer exames”. Joana D’arc relatou que ela percebeu mudança na postura do marido. “Tem vezes que ele para tão para frente que parece que vai cair”. A instabilidade postural é um dos sintomas da doença de Parkinson, o que aumenta o risco de queda. Para melhorar a mobilidade e a força muscular, o aposentado faz fisioterapia uma vez por semana.

“A fisioterapia é tão importante quanto o tratamento medicamentoso para a convivência com os sintomas e melhor qualidade de vida das pessoas que possuem a doença que ainda não tem cura”, afirma o fisioterapeuta Hudson Azevedo Pinheiro. O profissional faz o acompanhamento do aposentado na policlínica de Taguatinga. Os atendimentos podem ser individuais para exercícios específicos ou em grupo com estratégias lúdicas, como jogos ou Tai Chi Chuan.

“Os pacientes com sintomas iniciais são atendidos na atenção primária e encaminhados ao neurologista. Nós temos esse especialista em todas as regiões de saúde”, afirma a Referência Técnica Distrital (RTD) em Neurologia, Adriana Ferreira Barros Areal. Ela reforça que alguns cuidados de prevenção são a pratica de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação saudável.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Parkinson (PCDT) publicado pela Portaria nº 228, de 10 de maio de 2010, a doença de Parkinson tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes.

Fonte: Agência de Notícias – DF