Durante debate virtual, Carlos Lula faz entrega simbólica de oxímetros para população indígena

As ações desenvolvidas para o enfrentamento da Covid-19 entre população indígena, seus desafios e acertos foram discutidos durante o Debate Virtual do Conass, realizado na sexta feira e disponível no Youtube. Durante a discussão, o presidente do Conass, Carlos Lula, fez a entrega simbólica de 1.200 oxímetros para os Distritos Especiais Indígenas. A doação dos aparelhos, usados para medir os níveis de oxigênio no sangue,  faz parte da estratégia Todos pela Saúde, projeto criado pelo Itaú Unibanco para auxiliar o enfrentamento da epidemia no País. “É uma medida simples,  mas com potencial de salvar muitas vidas”, disse o presidente do Conass.

O acompanhamento das taxas de oxigenação entre pessoas contaminadas pelo novo coronavírus ou com suspeita da doença é essencial para avaliar a gravidade da infecção. Em parte dos pacientes, sobretudo os mais idosos, há o risco de as 

taxas de oxigênio no sangue estarem baixas  sem que haja manifestação de  sintomas . Em alguns casos, os sinais de que algo não está bem só surgem quando o comprometimento do organismo está em estágio avançado, exigindo um tratamento de maior suporte, muitas vezes restando apenas a internação em UTIs. A doação dos aparelhos foi sugerida ao Todos pela Saúde  pelo Conass e Conasems.

O debate contou com a participação do secretário da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva. A Sesai  será responsável pela distribuição dos aparelhos para os distritos.

Mediado pela assessora técnica do Conass, Rita Catanelli, o debate desta sexta foi integrado ainda pela consultora do Conass, Danielle Cavalcante, pela agente indígena de saúde do polo base Pakuera, Kedima Maiuluguedo Xerente, pela enfermeira do DSEI Cuiabá, Giselli de Paula e pelo vice-presidente do Conasems, Charles Tocantins.

 Durante a apresentação, Danielle descreveu estratégias do atendimento e ressaltou o cuidado especial que deve ser dado para garantir acesso a todas as comunidades. Kedma reforçou a necessidade de se manter constante os alertas para a população sobre medidas de prevenção à Covid-19. De acordo com ela, as comunidades mudaram o comportamento em relação à doença e hoje têm menos receios. “Estamos orientando que não se pode ficar muito tranquilo”, lembrou. Tocantins, por sua vez, relatou as dificuldades para garantir a permanência de profissionais médicos nos distritos especiais indígenas e ainda, a necessidade da integração da atenção primária com a rede de urgência e emergência.

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